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Suplementação . Hormônios . Emagrecimento

Nutrição Funcional Integrativa para Mulheres

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Suplementação individualizada

Crie uma vida muito melhor

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Terapia Sistêmica Breve

Mude sua rota e conquiste objetivos

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Aprenda a equilibrar seu metabolismo
para uma vida mais saudável e motivada

Metabolize-se!

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Mentoria Profissional

Transforme sua Carreira
e seja bem-sucedida antes e
depois dos 40 anos

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Terapia breve IoPT

Desvende suas raízes e seja feliz

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Por que nos escolher?

Para falarmos de psique, antes precisamos falar sobre o que compões o corpo humano.

Segundo a física moderna o corpo consiste tanto de partículas sólidas como de ondas eletromagnéticas, ou seja, sistemas energéticos de diversas formas.

A palavra psique vem do grego e significa sopro de ar que se traduz para o mundo moderno como sopro de vida, força vital. Portanto psique não é algo material, ela está no falar, perceber, sentir e pensar do intelecto humano. Quando se fala de psique parece algo adicionado ao corpo humano a partir do exterior, o que leva à ideia de que corpo e psique são independentes um do outro. Em todas as culturas existentes esta visão dual que considera que o corpo e a psique ou alma são algo separado por princípio.

Segundo Franz Ruppert a psique é uma ação conjunta de matéria, energia e informação de igual maneira que o corpo é uma interação de qualidades materiais, energéticas e de informação. Se tratarmos a psique e o corpo como algo separado, isso pressupõe que estamos todos fragmentados, ou seja, um corpo sem mente e uma mente sem corpo e são inseparáveis, ou seja, cada pessoa é em cada segundo de sua existência e com cada fibra de seu ser, uma unidade de matéria, energia e informação que se desenvolvem de forma conjunta.

Como tudo isso começa?

Ao observarmos o desenvolvimento humano, podemos constatar que começa com o crescimento celular do corpo em que paralelamente se formam cada vez mais propriedades psíquicas. Ou seja, com a fusão do óvulo e do espermatozoide que tem como função se desenvolverem sistematicamente até se formar um embrião e assim sucessivamente.

A psique tem funções bem definidas: proporcionar o acesso às diferentes realidades que são significativas para um organismo em contínuo processo de desenvolvimento e  mudança. Através da sua função pode-se detectar a realidade interior e a exterior. E uma das suas características mais importante é ser multimodal, isto é, usa diferentes canais para fornecer as informações necessárias em seu ambiente correspondente.

Seu objetivo principal é a sobrevivência e a conservação da sua espécie, para isso desenvolve sua principal capacidade de se ajustar às mudanças do entorno. E sua qualidade particular é lidar com as realidades em mudança de uma maneira inteligente.

11 Fatos importantes sobre a psique:

  • Aparentemente, somente os humanos dispõe de uma psique.
  • Reproduz de forma específica a realidade e parte dessa realidade existente serve para a conservação da espécie que é útil para sua multiplicação é representada no nível psíquico.
  • Faz com que o homem se distingue do restante dos seres vivos como os pássaros por exemplo.
  • Tem funções diferentes no que se refere a sexualidade masculina e  feminina.
  • Tem 03 diferentes processos segundo a psicologia: processos psíquicos inconscientes, semi conscientes e conscientes.
  • Abarca várias formas de percepções: ver, ouvir, cheirar, saborear e sentir.
  • Compreende várias formas de sensações e sentimentos: sensações corporais e emocionais onde os sentimentos são mantidos pelo contato temporal.
  • Se comporta por várias formas de pensamento.
  • Dispões de uma série de formas de memórias que apoiam o perceber, sentir e pensar mediante o amadurecimento de informações a curto e longo prazo.
  • Dá aos homens a capacidade de ser consciente de si mesmo.
  • Os processo psíquicos em lugar de forma isolada ou transformado em comportamentos ou ações.

Para que a psique possa cumprir sua função em toda a sua extensão, o perceber, sentir e pensar têm que estar conectados entre si. É necessário um processo em conjunto de associação e integração que junte o que aparentemente foi captado em separado e que compreenda as diversas realidades de forma cada vez mais precisa.

Por que nos escolher?

A metodologia do Trauma/Psicotraumas- movimento das “novas constelações”. A metodologia consiste em identificar e incluir os traumas que atuam na vida do indivíduo desde a fecundação.

Franz Ruppert, psicólogo alemão e pesquisador e professor na universidade de Munique na Alemanha, traz grandes reflexões e estudos sobre os Psicotraumas e seu impacto na psique e na vida diária do indivíduo.

Através desta metodologia pode-se ver claramente como a psique humana pode ser fragmentada e até cindida desde as fases iniciais da vida. Neste trabalho lidar com a realidade e identificar o eu (saudável, traumatizado e de sobrevivência) é doloroso e ao mesmo tempo libertador e fortalecedor.

Franz Ruppert utiliza a técnica da constelação familiar em seu trabalho de traumas. A aplicação da metodologia em conjunto com a técnica da constelação nos permite ver como a psique está atuando sobre a influência do seu sistema familiar e dos psicotraumas vivenciados pela pessoa auxiliando na possibilidade de reintegração de suas partes fragmentadas e identificação do que realmente é você e do que é a influência do seu sistema familiar atuando sobre você.

Este trabalho é um processo, exigindo mais de uma sessão que pode ocorre de acordo com o desenvolvimento de cada pessoa. 

Esta metodologia mostra que não existe solução sem a sua participação. É fundamental que você esteja engajado no processo e na busca por identificação e autonomia. E a responsabilidade é estabelecida desde a sua frase de intenção, ela é intransferível e somente você deve formulá-la, porque somente você sabe o que é melhor para você mais ninguém.

Por que nos escolher?

A Constelação Familiar é uma técnica psicoterapêutica realizada de forma breve e assertiva para a cura das relações humanas dentro dos sistemas familiares, empresariais, educacionais, sintomáticos (doenças) e jurídicos. Esta técnica de ressonância  que nos permite localizar bloqueios geracionais e transgeracionais e dinâmicas ocultas que atuam no inconsciente da pessoa e de seu sistema familiar que podem impedi-lo de conquistar e estruturar a vida da forma que deseja.

O que é ser Constelado?

É sentir e olhar…

  • Para sua biografia desde a fecundação até o momento atual.
  • Para sua criança interior ferida, seu adulto e para a sua parte que sobreviveu a todos os traumas/psicotraumas até o momento.
  • É ver de onde vem as dores que sente hoje em forma de sintomas, conflitos e problemas.
  • É querer dar um passo em direção a você.
  • É desenvolver o amor incondicional a si próprio.

O que é ser Representante?

  • É auxiliar o outro a olhar para sua biografia.
  • É esvaziar-se de intenções e estar consciente de si para informar com clareza as emoções corporais vivenciadas pelo sistema do costelado.
  • É ocupar um lugar na constelação e se colocar a serviço do sistema representado.

Ambas as modalidades de participação tem a função de auxiliar a pessoa em seu momento.

Se você ainda tem dúvidas venha participar de uma vivência em grupo. Somente quem participa consegue entender a amplitude do significado do que experiência em cada vivencia.

Veja a data da nossa próxima vivência clicando em nossa Agenda

Por que nos escolher?

A Ressonância é um termo usado em ciência para denotar a tendência de um sistema a oscilar com maiores amplitudes em certas frequências de vibração. Quando um sistema opera na frequência de ressonância, quantidades significativas de energia são liberadas. É por isso que você se sente atraído por pessoas que estão operando no mesmo nível de desenvolvimento psicológico que você.

Quando você se reúne com mais pessoas, você sente a ressonância e a energia fluir entre vocês. Você se dá bem com essas pessoas, vocês têm interesses e necessidades semelhantes, vocês compartilham experiências semelhantes e, mais importante, vocês têm valores semelhantes.

Quando você já não ressoa com alguém ou com um grupo específico de pessoas, vocês têm pouco a dizer um ao outro. As conversas vão definhando; o que importa para eles não é mais o que importa pra você, que fica ansioso para sair de perto deles. Não há troca de energia quando você interage com o outro, isso porque vocês estão operando em diferentes frequências energéticas; não há ressonância.

Por que nos escolher?

Fenomenologia é um fenômeno apresentado pelos representantes na técnica da constelação familiar

A técnica da constelação familiar desperta muita curiosidade sobre os movimentos e sensações que os representantes trazem a tona durante a vivência. Estes movimentos e sensações são definidos como fenomenologia é uma metodologia e corrente filosófica que afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos.

Esta palavra origina-se do grego phainesthai  e é composta por duas partes:

  • Fenômeno: Aquilo que se mostra, que aparece a nós, primeiramente pelos sentidos.
  • Logia: Capacidade de refletir, um discurso esclarecedor.

Portanto, fenomenologia é o estudo daquilo que se mostra. É uma atitude de reflexão do fenômeno que se mostra para nós, na relação que estabelecemos com os outros no mundo. Toda experiência é única para o homem, o mundo o afeta e ele afeta o mundo sendo uma relação interdependente que se correlacionam em uma “teia tecida pela vida”.

Na fenomenologia pensar não é somente razão, mas um refletir sobre o mundo sensível. Segundo Muchail In Martins é um constante desvelamento entre o manifesto e o não manifesto.

Edmund Husserl (1859-1938) – filósofo, matemático e lógico – é o fundador desse método de investigação filosófica e quem estabeleceu os principais conceitos e métodos que seriam amplamente usados pelos filósofos desta tradição. O êxito do seu método científico está no estabelecimento de uma “verdade provisória” útil, que será verdade até que um fato novo mostre outra realidade.

Por que nos escolher?

Essa técnica trabalha através daquilo que está afetando desconfortavelmente a sua vida e ou sua psique. Tem como objetivo trazer a luz o inconsciente, aquilo que não foi visto, reconhecido e incluído em sua biografia de forma que isso atue em seu sistema emocional.

É importante dizer que muitas das mudanças necessitam de tempo para que a transformação ocorra e é ilusão pensar que as mudanças vão ocorrer sem sua participação. Quem salva sua criança interior ferida é seu adulto e é ele quem cria a solução que você deseja viver.

Ser adulto é um processo de internalização e humanização dos pais, ou seja, enxergar os pais como seres humanos que assim como você também erram e pensar, sentir e agir com coerência no adulto, você se torna seus pais para si próprio. Isso implica também em cessar a busca de pais idealizados nas relações, as famosas projeções.

Cada pessoa sente suas mudanças a seu tempo e de acordo como desenvolve e constrói sua solução. Algumas já saem da sessão com uma incrível sensação de alivio e bem – estar, conectadas com seu eu, outros precisam de um pouco mais de tempo para assimilar e digerir tudo que foi observado e todos têm sua visão transformada sobre si e sobre a influência dos sistemas familiares e profissionais, por exemplo, em sua vida e suas decisões.

Por que nos escolher?

Geralmente, está relacionado a um incômodo. A intenção de uma pessoa com a sessão de constelação sistêmica pode ter a busca por solução e também os problemas vivenciados.

Toda intenção é genuína, não existe intenção forte ou fraca, certa ou errada, o que existe é a sua intenção e ela deve estar bem clara para você. Reflita sobre o que lhe aflige e o que busca em relação ao que vive. Cada problema que nos afeta e verdadeiramente incomoda a nós é importante, pois aponta para algo, alguém ou um fato que não está sendo visto por nós, principalmente se eles influenciaram nossa história.

Formular a frase de intenção pode ser fácil para alguns, um processo para outros. Contudo é importante que cada um faça a sua frase sem o auxílio do terapeuta, amigos, familiares ou quaisquer outras pessoas. Isso por que quando a pessoa formula sua intenção/questão ela assume a responsabilidade pela construção da sua solução e isso é muito importante, porque não existe solução sem a participação do indivíduo.

Na constelação o inconsciente que atua sobre a intenção/questão vem a tona como uma oportunidade para se olhar, incluir e sentir o que está fragmentando a psique. Muitas vezes a frase pode não ter nada haver com o que emerge da fenomenologia, não se trata de uma lógica racional e sim de percepção e integração de corpo e mente e emoções.

Por que nos escolher?

Esta é a pergunta mais frequente quando iniciamos a Constelação do Trauma/Psicotraumas.

O primeiro passo é entender exatamente o que é o trauma. Os traumas não são fenômenos poucos frequentes, muito pelo contrário, em minha opinião os traumas causam as aparições dos transtornos psíquicos. Se olharmos para a definição de trauma, a palavra se origina do grego e significa ferida e lesão. Mas o que significa, concretamente, uma ferida e lesão psíquica?

Segundo Peter A. Levine, o trauma é um evento que sobrecarrega nossa capacidade de sobrevivência, e deixa uma marca impressa em nosso sistema nervoso e que os seus efeitos no corpo e na mente podem ser avassaladores. Já o choque traumático ocorre experienciamos acontecimentos potencialmente ameaçadores à vida que superam nossa capacidade para responder de modo eficaz. Em contraste, ele ressalta, que pessoas traumatizadas por abuso contínuo na infância, em especial se o abuso ocorreu no contexto familiar, podem sofrer de trauma de desenvolvimento, que se refere primariamente a questões com base psicológica, que normalmente são resultado de cuidados e orientações inadequados durante os períodos críticos de desenvolvimento na infância.

Fischer, fala que os traumas são a essência das enfermidades e transtornos psíquicos. E Franz Ruppert constrói sua teoria e prática sobre o axioma de que a maioria das enfermidades e transtornos psíquicos são sintomas consequentes de traumas, sendo válido também para muitas enfermidades físicas e para a maioria dos conflitos relacionais que não se consegue solucionar sem a ajuda terapêutica. Para ele o trauma começa com uma grande ameaça a vida causando um estado de luta e fuga que leva a um total desamparo e impotência psíquica e física. Mais a vivência interior dessa situação estressante e para os efeitos de curto, médio e longo prazo dessas avalanches interiores .

No Brasil usa-se a palavra vagamente, temos poucos estudiosos nesta área e pouca bibliografia disponível em português, mas se realmente queremos trabalhar com nosso trauma precisamos saber exatamente o que é. Segundo Vivian Broughton essas quatro palavras-chave definem o trauma:

  1. Opressão: É uma situação vivenciada como completamente opressiva e perdemos nossa capacidade de auto-regulação de nosso corpo e da nossa psique.
  2. Desamparo: É uma experiência de total desamparo que ameaça a vida.
  3. Ameaça à vida: Tememo que possamos não sobreviver à uma situação. Sentimos que nossa existência está ameaçada
  4. Divisão: Neste estado a psique é cindida, dividida por uma experiência devastadora como uma última tentativa de sobrevivência.

Para ela qualquer evento que preencha todos esses critérios na experiência da vítima- quem vivencia a situação estressante- é um trauma.

É importante entender a diferença entre estresse- uma situação de alto estresse- e trauma. Uma situação se torna um trauma quando nossos recursos para gerenciar o estresse falham. O que quero dizer com isso? Administramos o estresse por meio de uma hiper mobilização dos recurso do corpo, chamados de luta e fuga. Portanto, a essência de uma situação traumática consiste em que a pessoa fica impotente e desamparada em face dos riscos que ela envolve. Por isso a excitação emocional que a reação do estresse desencadeia no nível corporal também não conhece limites. O nível inteiro de exceção não pode baixar porque a ameaça externa tende a aumentar, que vez de diminuir. Então o medo cresce até transformar-se numa angústia mortal.

Uma conclusão básica da teoria do trauma é que pessoas que passaram pela experiência de um trauma dificilmente conseguem manter relações saudáveis e desimpedidas com outras pessoas. Por efeito da traumatização elas perderam a conexão com elas mesmas e consequentemente a capacidade de entender corretamente o seu mundo exterior.

Tipos de Psicotraumas identificados por Franz Ruppert:

  • Trauma Existencial
  • Trauma de Identidade
  • Trauma de Perda
  • Trauma de Amor
  • Trauma Sexual
  • Trauma do Sistema de Apego

Segundo Franz Ruppert há um modelo para divisões psíquicas que nos auxiliam a entender melhor por que razão existe no nível psíquico essa dificuldade de distinguir claramente entre o que esta presente e o que passou. Por que razão muitas vezes vivências passadas atuam em nós com muito mais força do que aquilo que é vivido imediatamente no aqui e agora.

Com o estudo das teorias da vinculação e do trauma observa-se que as dramatizações são dominadas principalmente por meio de divisões  da estrutura psíquica. Com isso fica perdida a unidade interior da pessoa.

De acordo com esse modelo, uma área da psique, que é denominada, parte traumatizada, permanece presa à energia estressante, aos medos e às dores da situação traumatizada, enquanto que a parte de sobrevivência procura afastar-se da  consciência a terrível experiência, para sobreviver ao traumatismo e dominar a vida diária com o restante potencial psíquico. Existe além disso a parte saudável, uma estrutura psíquica que se desenvolveu de modo sadio até a experiência traumática, e que pode voltar a ser saudável a medida que for suficientemente grande o afastamento interior em relação ao trauma. A parte saudável pode reviver e expressar moderadamente as sensações vividas na situação traumática, de modo que essas sensações não estejam ausentes de todo nem demasiado presentes.

Por que nos escolher?

A culpa é um sentimento constante na relação pais e filhos?

Porque a minha impressão é que eu não posso ser e ter até que minha mãe seja e tenha o que quer.

Essa foi a pergunta da “Mariazinha” quando entrou hoje no consultório. Foi um dia bem típico, o primeiro cliente ligou para secretária, com voz de quem acaba de acordar às 09:20 e cancelou a sessão de 09:30. Nem me lembro de qual foi a desculpa utilizada, mas isso me faz pensar sobre auto responsabilidade e respeito, quem me conhece sabe que sou britanicamente pontual, tenho esse carinho e respeito com quem atendo.

Mas este não é o enfoque hoje, o que me chamou atenção foi a segunda cliente, “Mariazinha”, que veio para sua primeira sessão e me perguntou porque sua mãe a odiava, que ela nunca a vê em suas reais necessidades e que precisava entender o que ela tinha feito de errado já que seu irmão tinham o cuidado da mãe que ela sempre quis.

Logo após sua fala, me lembrei das ilusões que criamos, as que a sociedade e os meios de comunicação criam em torno da maternidade, do que é ser mãe e do tão famoso “Mito da Mãe” que ama incondicionalmente os filhos e está totalmente disponível para eles. Todos os dias em meu trabalho como Coach e Terapeuta Sistêmica Fenomenológica percebo a dificuldade dos filhos de entenderem que se sua mãe é traumatizada, se ela passou por problemas e conflitos que não foram realmente superados e tratados, uma parte dessa mãe não está e talvez nunca estará disponível para ele.

Seguimos com a sessão e em sua biografia, mais especificamente na fecundação e gestação, ela relata que não foi desejada, veio sem planejar e que mais tarde também não foi quista enquanto menina, a mãe preferia ter um menino por ser mais fácil de educar, diz ela se referindo ao que a mãe diz a ela,  e por fim e não menos importante, que sua mãe lhe disse que pensou em abortar.

Logo que desabafa essas memórias tão tristes e dolorosas, entra em contato com sua dor e se põe a chorar, a dizer que devia ter vindo quando os pais estavam mais estáveis financeiramente e emocionalmente ou ter vindo como um menino quem sabe seria mais fácil. Se culpa por nascer.

Deixo que sinta suas emoções, que essa dor possam emergir e fluir. Enquanto isso fico pensando nas consequências desses traumas, e sobre o momento em que esta cliente abriu mão de sua identidade, do seu eu para ser a relação com a mãe, aguentando tanto sofrimento e agressões por tantos anos.

E seus relatos continuaram, faço tudo por ela, sou mais mãe dela do que ela é minha. Ajudo a cuidar dos meus irmãos e só escuto reclamações, nada que eu faço está bom. Tenho 60 anos, não me casei, não tive filhos e hoje percebo que fiquei parada neste lugar ao lado da minha mãe, fazendo tudo por ela e ela não me vê, só me agride, me humilha, não sei mais o que fazer, já pensei em morrer, mas depois desisti por não ter coragem de tirar minha própria vida. Mas eu sei que lá no fundo ela me ama, ela age assim porque não teve mãe e nem pai, foi adotada, sofreu abusos na infância, mas eu tenho certeza que ela me ama, do jeito dela, mas me ama não é?

Seguimos com a sessão de Terapia Sistêmica Fenomenológica e a cliente pode ver e entender que sua mãe não estava disponível para ela da forma como desejava e não importa o que ela faça essa mãe não vai conseguir suprir essa imagem interior de uma mãe que ela deseja ter, o “mito da mãe” que faz tudo pelos filhos, que ama incondicionalmente é uma ilusão.  Todas as pessoas têm problemas e conflitos que muitas vezes os acompanham desde os primeiros anos de vida, achar que essa mãe a ama incondicionalmente, mesmo tendo uma relação com agressões, isso não é olhar para a realidade tal como ela se apresenta. Neste momento me lembrei de que a gente só dá aquilo que tem e que se a mãe não está disponível para o filho, ele pode estar acessível para si próprio.

Muitas pessoas buscam pela técnica fenomenológica com a esperança de que ela irá salvá-lo, de que fará as pazes com a mãe e tudo ficará bem, de que essa mãe agora que se reconciliou com sua mãe falecida irá me ver  e cuidar de mim. Sinto informar que isso é uma ilusão, o trabalho de trauma é passo a passo e quem cria a solução é você. É preciso começar a lidar com a realidade, de que essa mãe tem traumas que precisam ser tratados e que não será em uma sessão mágica que tudo irá se transformar. Você é quem constrói sua solução e se sua avó morreu e sua mãe não vai conseguir superar os conflitos que teve com ela, isso faz parte da história da sua mãe, quando você deixa isso com ela, você cria sua verdadeira autonomia e identidade para começar a olhar para você, para seu futuro e que se cada um se salvar o mundo estará salvo. Nunca é tarde para viver a vida que deseja, mesmo tento 60 anos. Nesta idade uma nova vida se abre é só começar fazer suas mudanças e escolhas saudáveis, é começar a trocar as lentes pela qual você olha para você e para sua realidade.

Foi uma sessão intensa e libertadora. Ver um cliente se conectar com seu eu é extremamente profundo, pude sentir cada fase das suas emoções em meu corpo e estimulo o cliente a sentir suas emoções em seu corpo também, afinal ele é a caixa preta da nossa história, é onde tudo fica registrado. Esta cliente saiu da sessão consciente de que sofreu um trauma de identidade lá na gestação quando sua mãe pensou em abortar-la, se viu indefesa, amedrontada, incapaz e em consequência disso sofreu re-traumatizações no decorrer da vida e hoje sofre o trauma de amor buscando pelo amor da mãe. Também pode vivenciar o momento em que abriu mão de si e que agora é ela quem consola seu coração dentro de si, é ela quem desenvolve a sua auto compaixão por si própria, é ela quem escolhe o que quer viver,  que decide se fala sim para os outros ou sim para si, é ela quem cuida e ama seu próprio corpo e sua sexualidade, é ela quem escuta e acolhe seus sentimento e nunca se abandona em detrimento do outro.

E é ela quem deve aceitar e ver sua mãe tal como é, compreendendo que talvez ela também tenha recebido pouco e que somente ela pode assumir a tarefa de ser maternal consigo mesma.

Como eu disse: hoje foi um dia típico de consultório, onde atende filhos, pais e mães com queixas parecidas sobre seus pais. Hoje foi um dia em que recebi uma dessas mensagens repassadas em um grupo de whatsApp que me serviu de inspiração nos atendimentos e para escrever sobre meu dia, sobre como vivo fazendo o melhor trabalho do mundo: auxiliando pessoas a se conectarem a sua verdadeira identidade com autonomia.

Por que nos escolher?

Mais um dia único nos atendimentos do consultório. Quero agradecer a todos pelo incentivo para continuar compartilhando o que experiencio com o meu trabalho de Coach, Orientação Vocacional/Profissional e Terapia Sistêmica Fenomenológica. O último post: Por que minha mãe me odeia? teve uma repercussão muito positiva das pessoas e se você ainda não leu clique aqui .

Hoje atendi dois irmãos, Joãozinho e Pedrinho (nomes fictícios) que vieram para sessão separadamente, mas ambos no mesmo dia. Eles vieram impulsionados pela prima que fez uma sessão comigo e logo depois indicou a mãe deles e ao perceberem algumas mudanças na mãe também buscaram pela sessão.

Pedrinho é o 5° filho de um total de 6 filhos da mãe. Ele chegou disparando duas queixas iniciais: há 4 anos estudo para concurso e não estou tendo o resultado esperado e minha relação com meu irmão, mais velho, é péssima. Desde que ele voltou para casa, minha vida se tornou um inferno. Meu pai morreu quando éramos criança e meu 1° irmão (Joãozinho) entrou nesta função de marido da mamãe e querendo ser o meu pai. Joãozinho nunca gostou de estudar, trabalhava com minha mãe desde a adolescência, quando nosso pai faleceu e hoje vive as custa dela, diz ele indignado com o irmão.

Neste momento pensei nas funções que desempenhamos na família, na cegueira causada pelo estresse emocional e que muitas vezes queremos salvar nossa mãe nos tornando filhos parentais (pais dos pais), brigamos com irmãos por achar que eles são mais vistos e assim ambos ficam presos na mãe, com a expectativa de ajudá-la e de serem vistos e amados como o melhor filho. Quanta ilusão nossa criança ferida cria!

Observo em seu discurso que ele cria essa certeza de que o irmão quer acabar com todo patrimônio da mãe e consequentemente com o dele. E logo penso nas famosas histórias de heranças. E reflito sobre: O que é uma boa herança para um filho? Como os pais devem equilibrar o dar, que algumas vezes pode ser excessivo para os filhos? Como devem estes pais se  relacionarem com os filhos para que não causem disputas? E enquanto ele fala finalizo minhas indagações com: Quanta falta faz um pai presente na vida dos filhos? E quais as consequências dessa perda para a família? E termino minhas reflexões com um aprendizado adquirido com o estudo sistêmico fenomenológico: A função dos pais é se tornarem desnecessários e a impressão que tenho é que ninguém sabe disso, nem os pais, nem os filhos.

Ele segue falando: eu gosto de estudar, mas confesso que fiz minha faculdade meio “nas coxas”, tentei empreender, mas sem resultados efetivos assim como meu irmão. E depois disso resolvi estudar para concurso. Neste momento pergunto o que você busca no concurso? E ele responde: eu quero estabilidade e segurança. Neste momento me lembrei de quando eu também já busquei por isso e o perguntei: O que faz você se sentir seguro e estável? Ele fica pensativo e nada ouço. Espero mais um tempinho e pergunto novamente: O que precisa acontecer para que você se sinta seguro? Quando foi a última vez que você se sentiu assim? Ele permanece pensativo. E continuo com as perguntas para auxiliá-lo nas reflexões: E o que você pode fazer hoje, para se sentir assim?

Ele finalmente responde: Eu preciso entender porque não consigo o que quero, percebo que me saboto o tempo todo. Eu defino meus objetivos, estudo, estudo e não saio do lugar. Isso me faz perguntá-lo: E onde você está parado agora? Ele responde: na casa da minha mãe, e quando penso nisso, acho que sempre estive lá, conclui ele. E que função você desempenha na casa da sua mãe? Ele responde: eu a protejo do meu irmão mais velho, eu tento controlar o barco para ele não naufragar. E eu novamente pergunto: Isso é função de filho? Isso está funcionando? ele diz: Não, definitivamente não está. E inevitavelmente pergunto: Se você está controlando o barco da sua mãe, e nem está fazendo sua função, quem é você? E quem controla o seu barco?Ele responde: eu achava que era eu, mas vejo que estou me distraindo com toda essa disputa e preocupação com ela. E eu pergunto: Por que você está se distraindo? E ele com lágrimas nos olhos diz: porque eu não posso ser e ter aquilo que deveria ser e ter até que minha mãe seja o que deveria ser. E eu novamente pergunto: e quem você acha que ela devia ser? Ele volta a ficar pensativo e emotivo. e eu o estimulo a refletir novamente perguntando: E quem você deveria ser e ter?.

Neste momento as emoções o inundam e ele chora de soluçar. E eu deixo e estímulo esse momento dele, para que ele possa sentir a dor de não estar sendo ele e nem fazendo nada por si próprio, de estar ocupando uma função que não é sua por amor incondicional a mãe. E enquanto isso penso em uma citação de Martin Luther King Jr que diz: “Qualquer coisa que afete diretamente alguém afeta a todos e com isso eu nunca posso ser aquilo que deveria ser até que você seja o que deveria ser, e você nunca pode ser aquilo que deveria ser até que eu seja aquilo que deveria ser. Está é a estrutura inter-relacionada da realidade”.

Após deixar as emoções fluírem ele se sente melhor e o corpo que estava rígido e tenso, relaxa e se aquece. Neste momento peço que formule uma frase de intenção para iniciarmos o trabalho fenomenológico. Durante o trabalho várias emoções surgiram e ele pode ver algumas dinâmicas atuando em sua família e em si próprio. Pode ver que ele e o irmão estão inconscientemente preenchendo o vazio da mãe. Que quando ele olha para seus projetos e se direciona para sua vida o irmão mais velho se sacrifica para que ele possa ir, só para a mãe não ficar sozinha com sua dor. E que ao ver essa dinâmica ele desiste de caminhar, de olhar para seus projetos e seu corpo paralisa em uma rigidez total e fica aguardando que o outro irmão também possa ir para vida, e quando o irmão se move, quem fica preenchendo o vazio da mãe é ele.

Então eu o pergunto: Quem está controlando tudo isso? Quem controla quem vai e quem fica?E ele responde: Acho que inconscientemente, minha mãe e percebo que com isso nós dois ficamos presos tentando ajudá-la. Neste momento a dor o invade novamente e ele vê seus projetos o olhando e  o aguardando e ele preso no mesmo lugar, assim como o irmão sem conseguir se mover. Sente o seu corpo congelado e rígido, em pânico de deixar a mãe sozinha.

Encerramos a sessão logo após ele sentir estas emoções e poder integrá-las em seu corpo. Neste momento ele me diz que era o que precisava ver e sentir. Que achava que o irmão estava passando a mãe para trás, mas que pode ver o quanto esse irmão foi o “ralo” da família, que ocupou o lugar do pai que morreu e que vê ele substituindo a função de marido da mãe e ele como sendo o pai e a mãe da mãe, como seu protetor, quem a orienta e que sentiu uma dor muito grande, por ver que a mãe não está disponível para ele como ele imaginava. Após sua fala tem um insight de quando o irmão se mudou e ele se tornou o reizinho da casa, o xodozinho da mãe, que na época se sentia especial, sendo visto, mas a que preço? ele se indaga. E que foi importante ver e sentir que ainda está neste lugar, esperando a mãe ficar forte para conseguir ser a mãe que ele queria e que agora ele pode olhar para o irmão com outros olhos, sem essa disputa infantil para ver quem fica colado na mãe e com a ilusão de ser o filho preferido que salvam a mãe.

Neste momento eu o pergunto: Será mesmo que sua mãe é fraca como você acha? Ou isso é apenas uma interpretação sua? Me descreva um exemplo de fraqueza dela e seu? Ele fica mudo tentando lembrar e não consegue. E eu volto a perguntar: Então você poderia me descrever momentos de força dela e seu? E ele começa a falar: Sim ela é muito guerreira e com essa crise tem trabalhado duro para tudo seguir bem para nossa família e para os funcionários da empresa. E eu, estou sempre achando que ela não dá conta e fico achando que tenho que fazer algo por ela. E eu o pergunto: Que mãe é essa que você tem internalizada dentro de você e que você ainda aguarda ser visto por ela? Ele responde pensativo, concluindo que foi ótimo olhar para a realidade das suas relações familiares, para o fato de estar paralisado neste lugar na esperança de ser visto por uma mãe que ele deseja que fosse diferente dá que realmente tem e que agora se sente mais fortalecido para olhar para si próprio e compreende melhor o que está acontecendo com ele.

Finalizamos o atendimento e eu o digo: a oportunidade dança com aqueles que já estão se movimentando no salão e quem escolhe a música que vai dançar é você. Você é o único responsável pelo que vive e pela construção da sua solução. O único que pode mudar tudo é você, só basta decidir e começar a fazer suas escolhas.

Quanto mais eu estudo sobre o trabalho das constelações, mais fica claro para mim que a solução não é construída no trabalho fenomenológico, este não é o objetivo dessa técnica. A verdade é que quem constrói a solução é o cliente, em suas escolhas do dia a dia. Quando me perguntam sobre isso eu pergunto: e onde fica a auto responsabilidade de cada pessoa com seu processo? E como fica o equilíbrio do dar e receber dessa relação terapeuta cliente? Em qual função esse terapeuta se coloca quando quer construir a solução para o cliente?. Deixo aqui estas perguntas para reflexão.

Eu amo o que eu faço!

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